Macri pede a Trump que isente a Argentina da taxa do aço

O presidente da Argentina, Mauricio Macri, conversou nesta sexta-feira por telefone com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e pediu que o líder americano isente seu país das tarifas aduaneiras sobre o aço e alumínio, informou o governo em nota.
“Trump se comprometeu a avaliar o pedido para que a Argentina seja excluída de qualquer medida restritiva que afete as exportações de aço e alumínio para os Estados Unidos”, disse o comunicado da Presidência.
Os dois governantes “também conversaram sobre a Cúpula das Américas, que acontecerá em Lima em abril, e sobre a situação financeira do Banco Interamericano de Desenvolvimento”.
De acordo com a Casa Branca, Trump também ressaltou a necessidade de que os países da região trabalhem juntos para restaurar a democracia na Venezuela e ambos concordaram em “estar em contato” para fortalecer sua “robusta” relação bilateral.
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Na quinta-feira, o governo dos Estados Unidos anunciou que estabelecerá uma tarifa extraordinária de 10% sobre as importações de alumínio e de 25% sobre as de aço. O Executivo de Trump afirmou que a medida, que não entrará em vigor até pelo menos dentro de duas semanas, procura defender indústrias “vitais” para a segurança nacional.
Há uma semana, perante a iminência do anúncio concretizado ontem pelos Estados Unidos, o Ministério de Produção e a chancelaria da Argentina enviaram notas ao titular do Departamento de Comércio, assim como ao representante de Comércio americano, detalhando os motivos pelos quais a Argentina “entende que deveria ficar isenta” desta aplicação tarifária.
Segundo dados oficiais, as exportações argentinas representam apenas 0,6% do aço e 2,3% do alumínio do total das importações que os Estados Unidos fazem de ambos produtos.
Por isso, o país sul-americano, através da chancelaria, sustenta que “não é causador nem contribui para as distorções que afetam os mercados mundiais e os Estados Unidos”.
(Com AFP e EFE)